SEJA BEM VINDO !!!

SEJA BEM VINDO !!!

A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.

Paulo Freire

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Descoberto animal que faz fotossíntese

Uma equipa de cientistas norte-americanos da Universidade da Flórida do Sul, descobriu o primeiro animal que consegue realizar a fotossíntese, algo que até agora era exclusivo das plantas. A Elysia chlorotica é uma lesma do mar de cor verde, que habita a costa este dos Estados Unidos e Canadá.
A lesma era conhecida por “roubar” os genes das algas de que se alimenta, as Vaucheria litorea. Desta forma obtinha os cloroplastos – estruturas de cor verde características de células vegetais que permitem a conversão da luz solar em energia –, armazenando-os nas células que cobrem os seus intestinos. No entanto, os últimos estudos da equipa de cientistas revelam que o molusco marinho desenvolveu as suas capacidades químicas, permitindo-lhe fabricar clorofila – pigmento que captura a luz solar -  sem necessitar de roubar aos seus alimentos.

Os investigadores utilizaram um sofisticado equipamento radioactivo que comprova a produção dos pigmentos fotosintéticos  de forma autónoma. Na lesma marinha, os cloroplastos extraídos permanecem activas durante um ano, o que significa que, no caso de uma lesma jovem se alimentar uma vez das algas Elysia chlorotica e tiver acesso à luz solar, não tem necessidade de voltar a comer durante a sua vida.
De acordo com a equipa de cientistas, durante o estudo, que será publicado na revista ‘Symbiosis’, foram encontrados exemplares da Vaucheria litorea que não se alimentavam há pelo menos cinco meses.

Consuni prova projeto do curso de Medicina na Ufersa ( Mossoró)

Consuni prova projeto do curso de Medicina na Ufersa

Proposta de implantação seguirá na próxima semana para análise do Ministério da Educação e Cultura (MEC) em Brasília
Postado em 12/04/2012 às 21:20 horas por Maxwell na sessão Mossoró
Foi concluído o processo interno de aprovação da implantação do curso de Medicina na Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA). O projeto foi aprovado recentemente pelo Colegiado do Departamento de Ciências Animais, na quarta-feira passada, 11, recebeu o aval do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) e ontem à tarde foi confirmado por unanimidade pelo Conselho Superior Universitário (CONSUNI).
Na próxima quarta-feira, dia 18, o reitor da Universidade Josivan Barbosa vai entregar o projeto no Ministério da Educação e Cultura (MEC) em Brasília. “Vamos fazer gestão para que ele seja prioridade em relação a outras cidades menores do Nordeste. Pelo tamanho da cidade, demanda e a estrutura que a universidade oferece é necessária uma urgência na aprovação em relação às outras cidades”, explicou o reitor.
O projeto passará ainda pelo Conselho Nacional de Educação, Conselho Federal de Medicina (CFM) e Ministério da Saúde. 
Em janeiro, Josivan foi a Caruaru conhecer de perto os procedimentos adotados pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que resultaram na implantação do curso de Medicina naquela cidade. A viagem serviu para consultar os procedimentos e aprender como os pernambucanos lidaram com as exigências e dificuldades naturais que existiram no processo. Na visita ainda foi feito o contato com dois professores que ajudaram lá para participar da implantação do curso na Ufersa.
A Universidade, que nos últimos meses construiu diversos laboratórios, não vai ter que se preocupar com estrutura física a curto prazo.
Outro processo semelhante tem a intenção de implantar ainda o curso de Nutrição. Os procedimentos de análises e aprovação serão o mesmo do curso de Medicina. Josivan Barbosa conta que por enquanto a prioridade é o de Medicina que está em fase mais avançada.
Uma vez implantados, os cursos vão criar o Departamento de Ciências da Saúde após a realização de concurso público para contratação do corpo docente.
A meta da Ufersa é oferecer vagas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2013. A expectativa é que sejam cerca de 80 oportunidades por ano.
Outro desejo da Universidade, segundo o reitor, é unir forças com o Governo do Estado do Rio Grande do Norte e Ministérios da Educação e Saúde para a construção de um hospital na cidade que vai servir de experiência aos estudantes do curso e tem grande importância para a população em geral.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Veja a seguir as principais dicas para manter a rotina e a disciplina dos estudos em ano de vestibular.

Aula dada é aula estudada Se você faz cursinho de manhã, a dica é estudar sempre a aula que teve no dia. "Após as aulas, é necessário que o estudante estude as matérias que teve. Não deixe nenhuma matéria para depois", diz o coordenador do Anglo.

Estude até o começo da noite Para quem vai no cursinho pela manhã, o melhor é começar a estudar às 15h e manter os estudos até às 19h. Depois disso, tire uma hora, de preferência antes da janta, para ler jornais e revistas. 

Estude de segunda a sábado O estudante que consegue manter uma rotina de estudos de segunda a sexta, deve aproveitar o sábado para revisar o conteúdo visto durante a semana. O domingo deve ser de descanso. Já para aqueles que trabalham e fazem cursinho a noite, ou vão à escola pela manhã e ao cursinho à tarde, deve aproveitar o final de semana para estudar a matéria que teve durante a semana no curso pré-vestibular. 

Não deixe de fazer redações Tente escrever uma redação por semana. "Se o estudante não está na escola ou cursinho, peça para um amigo ou familiar ler o texto, para apontar possíveis erros e acertos", comenta Alberto do Nascimento. 

Resolva provas de vestibulares antigos A partir do segundo semestre, o estudante pode, uma vez por semana, resolver, destinar até duas horas por dia para fazer questões de vestibulares passados.

Revise o conteúdo perto dos vestibulares De acordo com o coordenador Alberto, a revisão para o vestibular deve ser feita de 3 a 4 semanas antes das primeiras fases das provas. A revisão para a segunda etapa deve ser feita assim que o candidato souber do resultado da primeira etapa do processo seletivo que está participando. 

Simulados o dia da prova O ideal é que o vestibulando faça um simulado por mês. "Além de medir o seu conhecimento e saber as principais dúvidas, com o simulado o estudante também treina a situação de prova", explica Alberto. Mesmo para quem estuda em casa, dá para simular. Baixe provas antigas e tente representar um dia de prova em casa.

O ato de estudar é solitário O estudante precisa de um lugar calmo para estudar, sem interferências externas. Muitas vezes ficar em casa pode atrapalhar, por isso é recomendável que o estudante fique na escola, no cursinho ou em alguma biblioteca pública, para garantir a concentração. 

Mantenha uma atividade física regular É importante que o vestibulando separe uma hora do seu dia, de duas a três vezes por semana, para exercícios físicos. "Aconselho que o estudante mantenha a cabeça voltada 100% para os estudos. Deixe de fazer algumas atividades extras, como ballet ou música. Só mantenha, regularmente, uma atividade física", comenta o coordenador.


http://guiadoestudante.abril.com.br/vestibular-enem/confira-9-dicas-organizar-estudos-ano-vestibular-677309.shtml

Linguagens e Códigos: Uma prova de interpretação

Códigos usados para a comunicação são construções humanas. Entenda as competências cobradas nesta prova do Enem

A prova de Linguagens e Códigos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) reúne o que é discutido em algumas das aulas de Português, Literatura, Artes, Educação Física e Línguas no Ensino Médio.
Podemos considerá-la a prova mais fácil de ser resolvida no Enem, apesar de os enunciados das questões serem grandes. Quase todas as questões são interpretativas e de resolução de situações-problema. Serão cobradas nove competências dos alunos, sendo, em média, cinco questões de cada uma delas.

Quem Não Se Comunica, Se “Trumbica”
Será importante compreender que os códigos usados para a comunicação são construções humanas aceitas socialmente. É preciso entender que há vários tipos de códigos, além do texto escrito, utilizados para a comunicação, como a linguagem verbal, visual e sonora.
Cada tipo de linguagem tem um uso social e contexto específico, e para se dar bem nessa competência será importante que o aluno consiga inter-relacionar diversas linguagens. Será comum encontrar questões relacionando principalmente a linguagem escrita com a visual, sobretudo em propagandas impressas em que é necessário relacionar imagem e texto para entender a mensagem.
Língua Estrangeira Moderna
O candidato pôde escolher, no momento da inscrição, se faria a prova com questões ligadas à Língua Inglesa ou à Língua Espanhola. Nessa competência, aparecerão pequenos textos na Língua Estrangeira Moderna escolhida, para que o aluno possa interpretá-los, ou vocábulos estrangeiros utilizados na vida cotidiana no Brasil.
É importante saber que a Língua Estrangeira Moderna representa a diversidade cultural, em seu contexto linguístico, mas que em alguns momentos é utilizada como instrumento para simular qualidade a produtos ou prestígio a grupos sociais.
Linguagem Corporal
Aqui o Enem deseja que o aluno compreenda a prática física como meio de melhorar a sua qualidade de vida e a saúde pública da sociedade. Estigmas, como o da beleza física, são negados pelo Enem. É importante compreender que os modelos de beleza são construções culturais, principalmente da mídia, e que mudam em diferentes épocas.
Os exercícios devem ser valorizados para a saúde e não para obedecer a padrões estéticos. Estes indicam à necessidade da busca do ser humano, através da prática esportiva, pelo bem-estar.
Também aparecem as formas de manifestação corporal da sociedade, como danças típicas e alguns esportes. Um exemplo claro é a capoeira, patrimônio cultural imaterial do Brasil.
A Arte Expressando Idéias e Emoções
Na Competência 4, o aluno precisará associar a produção artística com o momento que passa cada população. O momento histórico, social, político e econômico influencia essa produção artística e vice-versa, sendo a arte um elemento de geração de significados aos grupos sociais.
Será preciso que o aluno se porte de forma a respeitar e valorizar a diversidade cultural entre os povos e suas expressões artísticas. A manifestação artística é uma necessidade de expressão das sociedades, e é influenciada pelo momento que elas vivem. Como expressão corporal está na competência 3, e literatura na 5, aqui ficam, principalmente, as artes plásticas e o teatro.
Literatura
Aqui serão cobrados os tipos de texto que a sociedade entende como literatura. O aluno deverá relacionar o texto com os contextos históricos, políticos, sociais, culturais e econômicos, pensando sempre que o autor está inserido em um meio e as relações com esse meio são fundamentais na constituição do texto literário.
Também poderão cair questões que trabalhem a intertextualidade, cobrando do aluno semelhanças, diferenças ou influências entre os textos destacados. Outro tema que poderá aparecer nessa competência está ligado à compreensão da importância do patrimônio linguístico para a constituição e preservação da memória e da identidade nacional.
O Texto, seu Contexto e sua Função
Serão cobrados dois eixos centrais. Primeiro, compreender que todo texto tem seu contexto, e, segundo, entender que todo texto tem sua função. As funções de um texto são a narrativa, a expositiva e a persuasiva. O aluno deverá identificar essas funções e entender por que, em cada contexto, aquela função é utilizada.
Sobre contexto, é fundamental entender que todos os textos só adquirem algum sentido quando colocados em um contexto. Neste sentido, esta competência costuma abusar de quadrinhos e charges.
Opiniões e Pontos de Vista
Aqui será necessária a capacidade de compreender os objetivos dos textos das pessoas com quem nos relacionamos, afinal na sociedade existem vários interesses, e várias estratégias e métodos podem ser utilizados para criar ou mudar, comportamentos ou hábitos. Será preciso identificar esses interesses e estratégias (como intimidação, sedução, comoção, chantagem, etc.), e julgar se os argumentos apresentados têm lógica e se são compatíveis, ou não, com outros textos apresentados. Figuras de linguagem são um conteúdo que vale a pena revisar antes da prova.
Diversidade Linguística
O Enem exigirá que o aluno respeite as diversidades regionais, sociais e de idade do uso da língua, se posicionando contra o preconceito linguístico, mas sem negar a necessidade de que se conheça, e em alguns momentos utilize, a forma culta da língua.
Será preciso compreender as diferenças entre a linguagem formal e informal, e que se associe cada uma dessas formas aos seus contextos, ou ambientes, adequados.
Aparecerá a linguagem culta como instrumento para a garantia de direitos. Por exemplo, é preciso dominar a norma culta da língua para compreender contratos e assim não ser enganado. No mais, a língua é um código imposto por um grupo social e costuma, inclusive, ser utilizada como forma de poder.
Tecnologias da Comunicação
A última competência de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias está relacionada às múltiplas tecnologias de comunicação que possibilitam a distribuição do conhecimento e a democratização do acesso à informação. A internet e suas ferramentas (como o Google e demais ferramentas de busca, as redes sociais, blogs, chats, sms, entre outros) serão os temas principais, apesar de poderem aparecer velhas tecnologias de informação.
Será preciso entender o impacto dessas tecnologias na vida das pessoas no passado, hoje e também os possíveis impactos no futuro. Um interessante, e possível, tema para a prova é o futuro da imprensa impressa (jornais e revistas) no Brasil e no mundo.
FONTE : @igeducacao

A redação do Enem e suas exigências

Método de correção é injusto e sem critérios claros. Para fazer a dissertação, é preciso defender argumentos que demonstrem ética

O novo Enem promete que a nota final chega o mais perto possível das verdadeiras competências e habilidades do aluno. Se acreditarmos que o exame tem método “anti-chute”, com questões de dificuldades distintas e todo tipo de avanço da pedagogia e da psicologia aplicados para descobrir quem deu um “jeitinho” de acertar os itens sem utilizar suas aptidões, deveríamos perguntar por que a redação não segue a mesma lógica.

A prova representa um quinto da nota, mas como as universidades definem o peso de cada etapa em suas seleções, ainda pode valer muito mais. Mesmo assim, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) insiste no velho método de entregar a redação para dois corretores, com a possibilidade de um terceiro realizar o desempate quando a nota apontada por eles for muito distante.

Esse sistema é extremamente injusto. Imagine a prática acontecendo com as cerca de quatro milhões de provas realizadas em todo o Brasil. Sem critérios mais objetivos e claros, fica impossível que todos tenham o texto avaliado com o mesmo padrão de exigência. Um corretor que tem experiência anterior em um vestibular como o da Fuvest certamente olhará a redação com mais rigor que um que só corrige redações para o Enem. 

Um caminho mais coerente a seguir seria o de tornar a redação uma espécie de prova eliminatória. Funcionaria mais ou menos assim: uma série de itens seriam propostos, como “defender ponto de vista”, “construir argumentação lógica”, “dar coesão ao texto”, “usar razoavelmente a língua culta”, entre outros. O Enem poderia, então, eliminar a possibilidade de conceder uma vaga no ensino superior para quem não cumprisse os itens.
Outra solução, melhor ainda, seria dar um valor único para todos os alunos que cumprissem cada item, deixando a nota da redação mais justa e não prejudicando milhões de candidatos. Assim, os corretores deixariam de dar uma nota pra cada aluno, mas teriam somente que indicar, em quadrinhos, se o aluno cumpriu cada item, e o trabalho de dar a nota ficaria para os computadores leitores dos itens assinalados. Quem atendesse às exigências propostas teria nota máxima na redação.
Ética é exigência
Mesmo com o problema de atribuição de notas, a redação do Enem tem seus avanços em relação à dos vestibulares convencionais. Bastam duas coisas para o candidato não zerar na “redação”. Primeiro, o texto precisa ter ao menos oito linhas (30 é o máximo), além de conter uma proposta de intervenção na sociedade que seja ética.
Se um vestibular convencional exige que você demonstre na redação a sua capacidade argumentativa, o Enem quer que esta capacidade esteja direcionada para uma proposta que demonstre uma postura ética.
Por exemplo, em uma redação sobre aquecimento global de um vestibular convencional você pode até encontrar argumentos e defender, como fazem alguns cientistas, que o fenômeno não existe. O Enem claramente acredita no aquecimento global e não iria tolerar uma redação que dissesse o contrário.
Dissertação é modelo
Não é difícil indicar sobre quais assuntos versarão o tema, sempre relacionado a uma das competências pedidas na prova objetiva. Então, questões como “o que estamos fazendo com a terra”, cultura, identidade, cidadania e democracia (algumas das competências da área de humanas), ou biodiversidade, ética em pesquisa, saúde pública, conservação ambiental e ciclo da água (algumas das competências da área de natureza) certamente estarão nas redações do Enem deste e dos próximos anos.

O modelo exigido é a dissertação, na qual o candidato precisa desenvolver um raciocínio, apresentando argumentos de forma ordenada para fundamentar sua posição. Na prova, alguns textos “indutores” são apresentados, para facilitar a busca por argumentos e para que os candidatos entendam melhor a proposta.

Existem várias formas de fazer uma dissertação com sucesso, mas há uma que não falha: cinco parágrafos, com cerca de quatro ou cinco linhas em cada um deles é a fórmula perfeita. Três argumentos para chegar à sua conclusão é o razoável, e uma dica importante é escolhe-los e decidir como desenvolvê-los antes de começar a escrever. A partir deles, você fará uma introdução em que dirá a sua opinião sobre o tema e quais argumentos irá utilizar durante o texto. Em cada um dos próximos três parágrafos você desenvolverá um dos argumentos, de forma clara, podendo utilizar informações do texto ou aquelas que você tem como bagagem cultural. No quinto e último parágrafo, é hora de fechar a redação, recuperando os três argumentos e chegando à conclusão que planejou.
FONTE : @igeducacao

Enem: como é a prova de Ciências Humanas

Questões são simples e cobram apenas seis competências dos alunos

Uma das duas provas do primeiro dia do Enem é a de Ciências Humanas e suas Tecnologias. Nela, deverão aparecer alguns dos temas que os alunos têm contato nas aulas de história, geografia, filosofia e sociologia do ensino médio. Como em todas as outras provas do Enem, o que será cobrado é a competência – ou a capacidade – do aluno oara relacionar situações, analisá-las, identificar soluções éticas para possíveis problemas e indicar argumentos lógicos que respeitem a diversidade e os direitos individuais. De conteúdo, aparecerá pouca coisa. Só mesmo aquele básico, necessário para que o aluno aprender outros conteúdos a qualquer momento.
A prova de humanas será a que vai verificar menos competências ou capacidades cognitivas do candidato: apenas seis. E estas competências são bastante leves, avaliando muito mais o comportamento ético e a visão de mundo dos candidatos do que os conteúdos mínimos propostos. Isso faz da prova de humanas a mais simples, depois da de linguagens, de ser resolvida. Veja quais são as competências exigidas:
Identidade e Cultura: aqui o Enem irá avaliar a capacidade do aluno de compreender a formação cultural e da identidade dos povos e valorizá-las. Documentos históricos, como cartas, leis, produções e manifestações artísticas devem ser apresentados nas questões. O aluno será convidado a analisar e a interpretar esses documentos, associando-os ao tempo e ao espaço, comparando diferentes pontos de vista e identificando a diversidade cultural em diferentes sociedades.
Território: para ir bem nas questões da segunda competência de Humanas é fundamental dominar o conteúdo necessário para a leitura de mapas e, vejam só, saber ler gráficos e tabelas e relacioná-los aos mapas. É bom que o aluno revise todos os tipos possíveis de mapas, como o geográfico, o político, o econômico, entre outros. A partir desses conteúdos mínimos (que são a linguagem básica para entender os espaços geográficos), o aluno terá de mostrar que entende como se constituíram as fronteiras, o motivo dos vários conflitos relacionados à terra e às diferenças econômicas e sociais entre populações de diferentes locais.
O Estado e o Direito: as instituições do País não foram criadas de uma hora para outra. É importante que o candidato saiba como se deu a formação do Estado, como as várias sociedades contribuíram para isso e como o Direito se desenvolveu no decorrer dos séculos. Você lembra que houve uma época, o Feudalismo, em que, praticamente, a igreja católica fazia o papel de Estado e de Justiça? E quais são nossas instituições hoje? Executivo, Legislativo, Judiciário e seus principais braços precisam ser conhecidos. Instituições internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e seus principais órgãos, como Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Mundial do Comércio (OMC) e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). O Fundo Monetário Internacional (FMI), a Organização dos Estados Americanos (OEA) e Mercado Comum Europeu também entram na lista. Devem aparecer questões que relacionem os movimentos sociais a essas instituições.
Evolução Tecnológica, Revolução Comportamental: quando a tecnologia avança, há mudanças na forma de as pessoas se organizarem. Foi assim quando a agricultura se desenvolveu e o homem se fixou na terra. Ou, então, quando a indústria passou de artesanal para manufatureira e depois maquinofatureira. O que importará na prova é a compreensão do impacto das tecnologias na sociedade, mas alguns conteúdos podem facilitar a resolução das questões, como o surgimento da agricultura, a primeira e segunda revolução industrial, a mecanização do campo, a automação industrial e as tecnologias da informação compensam ser revistas.
Cidadania e Democracia: aqui o aluno deve valorizar a democracia ocidental. A construção dela e a conquista da cidadania serão os temas das questões dessa competência. Direitos não são dados, mas conquistados. Nesse sentido, é importante conhecer as lutas sociais que levaram à mudanças nas legislações. Revolução francesa, declaração dos direitos do homem e do cidadão, evolução da liberdade de imprensa, direito ao voto no Brasil, Constituição Brasileira de 1988, Código de Defesa do Consumidor e alguns estatutos, como o da Criança e do Adolescente, o do Idoso e o das Cidades são conteúdos desejáveis. Devem ser valorizadas, na hora de responder a algumas das questões, as estratégias que promovam a inclusão social. É grande a possibilidade de o tema da redação estar relacionado a essa competência.
O que estamos fazendo com a Terra?: na última competência da prova de humanas, o Enem irá cobrar a compreensão dos processos de ocupação do espaço físico e suas consequências. Como conteúdo, o aluno pode se dedicar ao estudo de mapas de ocupação econômica. Como a disponibilidade de recursos naturais influenciam a ocupação do espaço físico? Qual tem sido a relação entre o homem e o meio? Quais são as experiências de degradação e de preservação da vida no planeta? Nessa competência, encontramos algumas relações entre a prova de Ciências Humanas e a de Ciências da Natureza.

Enem: como é a prova de Ciências da Natureza

Saúde pública e preservação ambiental são os principais temas

A prova de Ciências da Natureza, no primeiro dia do Enem, compreende questões biologia, química e física e pode ser considerada uma incoerência do Ministério da Educação e Cultura (MEC) em relação às políticas públicas para o ensino médio. Segundo os parâmetros curriculares nacionais, a etapa escolar está dividida em três grandes áreas, sendo que uma delas é "Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias". O Enem, no entanto, dividiu a área em duas provas, aumentando a importância e o peso de ciências da natureza e, sobretudo, de matemática na prova.

O candidato terá que responder questões sobre oito competências. As cinco primeiras relacionam as ciências naturais a atividades do dia-a-dia em sociedade, com perguntas relacionadas à saúde pública, à preservação do meio ambiente e dos recursos naturais, ao consumo racional e à qualidade de vida. Nas três últimas, propõe temas estudados em aulas física, química e biologia do ensino médio. A análise de gráficos e tabelas, o uso de ferramentas de estatística e probabilidade, cálculos com regra de três e o conhecimento do sistema internacional de medidas, mesmo que já sejam temas prioritários da prova de matemática, também aparecem nas questões de Naturais.
Entenda as oito competências exigidas pela prova:
A ciência no dia-a-dia - Algumas aulas tentam fazer das descobertas científicas verdades absolutas. Nessa primeira competência, o aluno precisa demonstrar que compreende serem as ciências naturais fruto da construção humana, dando soluções para problemas apresentados e indicando benefícios e impactos de tecnologias ligadas à física, à química e à biologia.
Circuitos elétricos e consumo racional - Nem tudo no Enem é muito racional. Nessa competência estão relacionadas coisas diferentes: as noções básicas de elétrica e eletrônica, a capacidade de compreender manuais de equipamentos e a capacidade de se comportar como um consumidor consciente e responsável. De conteúdo, é importante conhecer bem conceitos como circuito em série, circuito em paralelo, resistência, tensão, potência e corrente, além de calcular o gasto de energia de equipamentos. Sobre consumo racional, o Enem deve propor comparação entre diferentes produtos, como, por exemplo, o que gasta menos energia, qual é melhor do ponto de vista nutricional, qual tem as características ofertadas na embalagem.
Degradação, conservação ambiental e ciclo da água - A análise do uso dos recursos naturais e as propostas de intervenção humana que diminuam o impacto da ação do homem no planeta são os temas dessa competência. Para o candidato, é importante identificar impactos negativos na extração e uso dos recursos naturais e reconhecer as melhores práticas para minimizá-los ou eliminá-los. Reduzir, reciclar e reutilizar são as palavras de ordem.
Genética e saúde pública - De conteúdo, será necessário repassar os temas básicos relacionados à genética, como os tipos de reprodução e as diferentes teorias da evolução. A questão da saúde pública do brasileiro irá aparecer, sobretudo em relação a questões sociais em temas de higiene, alimentação, saneamento, sexualidade e qualidade de vida.
As ciências naturais apresentadas na vida cotidiana – Será importante a compreensão das linguagens em que as ciências naturais se apresentam na vida cotidiana e dos códigos em que o conhecimento científico é apresentado. Também é preciso pensar o desenvolvimento das ciências através de experiências e novas descobertas. Textos, tabelas, gráficos ou símbolos serão usados como instrumentos para a apresentação das questões. Qualidade da água e dos alimentos, saneamento básico e vacinas são temas que deverão aparecer na competência de número 5.
Fenômenos físicos – Aqui o Enem irá cobrar parte do que é aprendido nas aulas de física. É importante lembrar que nessa e nas próximas duas competências o aluno não deve se preocupar com o aprendizado aprofundado dos conteúdos indicados. Um nível médio de conhecimento é suficiente para resolver as situações-problema que serão propostas no exame. Tempo, distância, espaço, força, energia, potência, trabalho, calor, temperatura, dilatação, transmissão de energia, corpo, atmosfera e radiação serão os conteúdos cobrados. Além disso, os alunos precisam conhecer as formas de geração e transformação de energia, sobretudo as mais eficientes e mais modernas. Energias renováveis, biodiesel, GNV e pré-sal são os temas mais prováveis para a prova.
Fenômenos químicos - Uma parte da matéria de química será cobrada nessa competência. Em primeiro lugar, a compreensão da linguagem química. Entre os conteúdos mais privilegiados estarão os estados da matéria, as ligações e reações dos elementos químicos, os processos de produção, transformação e consumo de energia, as substâncias químicas (rendimentos e implicações sociais) e as mudanças no meio ambiente, com seus riscos e benefícios.
Biodiversidade, ética em pesquisa e saúde pública - A biologia do Enem é mais leve que a física e a química. Como a genética já é cobrada em uma competência anterior, na competência 8 aparece a biodiversidade – o aluno precisará mostrar que compreende comportamentos biológicos dos seres vivos nos ecossistemas, principalmente nacionais, e valorizar a ética na pesquisa com eles. Ações voltadas para a promoção da saúde pública nos níveis do indivíduo, da sociedade e do ambiente em que vivemos também aparecem. Como saúde pública já é objeto da competência 4, o assunto é o grande destaque – ao lado de preservação ambiental – da prova de Ciências da Natureza.

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